terça-feira, 20 de julho de 2010

Como você é para mim

Eu não queria perder nenhum segundo seu. Mesmo se você estiver dormindo, como agora. Mesmo se você estiver acordado, mas com tanto sono, que não lembre nada no dia seguinte. Mas perco tantas vezes... por motivos que nem sei dizer. E me arrependo me vingando de mim mesma, cruelmente, talvez, pelas vezes que atrapalho tudo isso que você tem para me oferecer. Porque você foi feito de uma maneira tão espantosamente especial que, apesar das formas  pouco delicadas do seu corpo, você irradia delicadeza e paz para todos os lados, muita paz, principalmente quando sorri. Mas também quando pensa, faz careta, fica bravo e até mesmo quando chora. Faz parecer que você é a pessoa mais feliz da face da Terra (o que é bem capaz de ser verdade, apesar de tudo), deixando também felizes todos ao seu redor. E eu - com seus olhos de girassol que insistem em me olhar o tempo inteiro, como se fossem feitos de dois grandes ímãs verdes e brilhantes - tenho uma parte incrivelmente linda dessa sua felicidade. Dói quando eu faço com que esses pequenos girassóis se fechem e brilhem por causa das lágrimas. Especialmente, gosto dos seus olhos porque eles me dão a certeza que preciso ter: que te conheço, te quero e te preciso. E que não há nenhum outro no mundo capaz de me fazer me sentir tão eu mesma. Porque eu perco o rumo quando você está longe. A tal ponto, que até esqueço que perdi o rumo justamente por não estar contigo. E inutilmente tento te afastar, na ilusão de que isso solucione alguma coisa. Nunca aprendi realmente a lidar com ilusões, deve ser por isso.
Detesto ter que escrever coisas tão bobas e mal escritas assim para você... queria que lesse o melhor que eu tenho. Incrível como nunca consigo mostrar o meu melhor para você. Quero voltar atrás e rescrever o que eu disse sobre a sua pouca delicadeza. É mentira. Sua boca, suas costas, seus pés e mais uma parte"zinha" em especial estão aí para provar o contrário. Quero voltar atrás em tantas coisas... queria não ter dormido tão cedo aquele dia, queria ter tomado um banho mais rápido hoje, queria ter deixado você me tocar aquela vez, queria ter te levado para comer hamburguer antes, queria não ter ficado brava contigo no Opinião, naquele sábado de manhã, naquela noite úmida, naqueles dias online, porém distantes. Queria ter feito tanta coisa diferente para poder ser melhor para você. Mas não precisou. Porque você continuou me amando, apesar disso tudo, apesar de um monte de coisas esquisitas que eu digo e que eu faço. Você continuou me amando, e cada dia mais, como se eu merecesse todo aquele amor puro e diabolicamente divino. Eu tenho todo esse amor que você me dá, sem merecer um mínimo sequer. Gostaria muito de saber como é ter tanto amor por merecimento. Não sei fazer isso. Mas quero aprender. Vou me esforçar para não perder nenhum segundo seu.


P.S.: Acho que nunca chorei de alegria... você me ensinou a fazer isso.