quarta-feira, 25 de março de 2009

Não mude por mim, meu amor

É engraçado como as pessoas mudam pelas outras e, de repente, você não mais as reconhece. Você tinha tudo pra ser lindo, do jeitinho que eu gosto, ensaiando solos de guitarra noite adentro, me mostrando no dia seguinte. E agora escuto dizer que te viram nesse show. Nesse show. Só por causa dela? Só porque ela é loura e bonita e alta e te acha o melhor? Pois eu digo que você não é o melhor. Pra mim, você perdeu o tiquinho de açúcar que te restava. Você perdeu aquela risadinha besta quando pirraçava alguém, e eu amava aquela risadinha. Não vi, mas também acho que você perdeu aquele olhar... aquele, sabe, que te conseguia tudo. Aquele olhar que eu também amava. Você perdeu muito pra mim, enquanto eu ainda queria ganhar muito pra você. Eu ainda queria ganhar muito pra você e você me "desescolheu", me botou num cantinho, sei lá, numa caixinha apertadinha que você não abre nem em sonho. Enquanto você me perdia, eu perdia tudo por você, você me mudou todinha. Você me mudou e agora você se mudou, também. Você nos fez diferentes, você construiu uma ponte entre nós e agora você saiu do outro lado. Se eu atravessá-la, só o que eu vejo é vazio. Mas eu penso em você. Naquele você de muitos anos atrás, naquele você que sentou no banquinho e me disse coisas tão lindas... Eu ainda lembro daquele você que não existe mais.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Eu tenho tão pouco tempo pra te dizer tanta coisa...

terça-feira, 17 de março de 2009

E é quando me olho no meio de tantos que enxergo as várias histórias que justificariam a possível vitória, os motivos escolhidos ou impostos, as razões de ser e estar naquele momento, a tão desejada sorte, a tranquilidade inalcançável. Sei que muitos merecem, muitos querem mais do que tudo, e Deus muito pouco pode fazer em relação a isso. Ouvi dizer um dia: "Um pai, quando tem muitos filhos que querem a mesma coisa, como faz pra decidir quem merece? Não decide. Os filhos têm de fazer por onde." É meu sonho estar naquele cidade, naquele curso, naquele mundinho, talvez medíocre, do estudo pelo estudo, do estudo pelo trabalho, do estudo pelo tão raro, e enfim!, conhecimento. É o único sonho exclusivamente meu, compartilhado somente comigo mesma, que não foi abalado nem pelos "conselhos" poderosíssimos daqueles que se julgam sábios o suficiente para me educar e freiar qualquer tentativa minha de liberdade. Minha história pode não justificar minha vitória, posso não ter motivos, posso não ter razão nenhuma para ser e estar ali, posso não ter sorte e nem um pingo de paciência. Mas eu quero, e eu sei que meu Pai vai me escolher se eu, finalmente, fizer por onde.

"Quem sabe a vida é não sonhar..."

domingo, 8 de março de 2009

Dia Internacional da Mulher


Parabéns para a mais bela, mais pura, mais sensível, mais comunicativa, mais bondosa, mais carinhosa, mais serena, mais perfeita criação de Deus: a mulher! Benditas sejam, amadas sempre, o elo de amor entre os homens e a pureza. Parabéns para as mães, as filhas, as tias, as primas, as avós, as amigas, as dentistas, as professoras, as engenheiras, as psicólogas, as advogadas, as escritoras, as chatas, as independentes, as conversadeiras, as doces, as inteligentes, as gostosas... todas as mulheres que lutam todo dia para tornar esse mundo melhor e mais colorido. E um parabéns especial a todos os homens que cuidam dessas mulheres preciosas. Feliz Dia Internacional da Mulher!


P.S.: A imagem acima saiu pequenininha, sugiro que cliquem nela pra ampliar! :*

sexta-feira, 6 de março de 2009

Metamorfose ambulante

Sabe o que eu preciso muito? Um casulo. Aquela casinha forte, segura e aconchegante pra nos proteger do mundo lá fora, ao mesmo tempo que nos prepara para enfrentá-lo. Deixar a lagarta pra trás e surgir borboleta. E tudo que mais quero hoje é surgir borboleta. Mas desculpe minha fraqueza, talvez eu não esteja pronta para deixar a lagarta pra trás e construir um casulo.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Nota 9

Foram séculos de disputas religiosas, étnicas, territoriais e sociais entre os mais diferentes povos. Com o grito de ordem da Revolução Francesa - "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" - a humanidade passou a acreditar que era possível chegar o dia em que suas vontades, seus anseios e suas verdades fossem aceitas pelo mundo. Mais tarde surge, então, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que, apesar de bela, é incostestavelmente utópica.
Será que pode se condiderar livre um indivíduo que não pode (pelo menos, não facilmente) sair de seu país, como em Cuba? E pode ser digna a vida de um sudonês, devastada pela fome e pela AIDS, sem nenhuma expectativa de futuro? Há segurança para um palestino, que não sabe se irá acordar no dia seguinte? Não há liberdade, não há segurança, e muito menos dignidade para nenhum desses três exemplos, como também para a maioria esmagadora das pessoas deste mundo.
A humanide lutou, venceu e conquistou seus direitos. Só não aprendeu a usá-los. Ainda há fome, ainda há preconceito. Crianças abandonadas, adultos desiludidos, idosos conformados. É engraçado como uma espécie pode ser tão auto-destrutiva. Mas é engraçado, também, como essa mesma espécie é capaz de acreditar e de lutar por aquilo que anseia. E por mais que pareça clichê (porque é mesmo), ainda há esperança. O primeiro passo foi dado, a declaração está aí. Basta fazer todos esses séculos de disputa valerem a pena.


Minha redação nota 9 na UESB que me rendeu um razoável 46º lugar. :)

segunda-feira, 2 de março de 2009

Eu só quero mergulhar na imensidão dos teus olhinhos pretos.