quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Eu vou cuidar tanto de ti mas tanto, mas tanto mesmo, que o destino nunca vai poder te usar para me punir.

domingo, 19 de setembro de 2010

I know if destiny's kind...

Que sensação horrível. Quanto sentimento junto. Medo, ansiedade, amor, tristeza, arrependimento... até fome tá no meio. Eu queria que tanta coisa tivesse sido diferente. Eu tive várias oportunidades de mudar tudo, mas resolvi ser firme e tentar botar a cabeça no lugar. Pra ter realmente certeza do que quero, sabe? E só agir quando tudo estiver muito claro pra mim. E agora que as coisas começaram a clarear, e o desespero de vê-lo bateu forte, eu não o encontro. Sei lá, tanta coisa maluca acontecendo. Nunca sei direito em que pensar. E convenhamos que eu não me ajudo muito, também. Agora tô aqui, com consciência de muita coisa. E eu sei que essa consciência vai embora amanhã de manhã. Eu precisava agir agora. Mas não posso, porque essa parte não está nas minhas mãos. Incrível como o destino se desenvolve sozinho. Quero e não tenho, quero e não tenho. Sempre assim. E o contrário também, que é o que talvez dói mais e o que estraga tudo isso. Não sei. Eu nunca soube, na verdade. Mas agora eu estava bem próxima de saber. E o destino me deu uma rasteira mais uma vez.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Ou mais

Eu estou chateada. Desapontada, para falar a verdade. Eu pensei que fosse forte, que aguentaria... nunca imaginei que fosse tão frágil. Não eu. O amor. Mas estou descobrindo da pior maneira que ele é muito mais frágil do que eu poderia supor. Foi uma semana difícil. E hoje já é sexta-feira. Em um dia, estive bem. Os outros dias foram vergonhosos. Ontem, nem boa noite teve. Eu tenho medo, sabe? Preferiria que fosse ruim e que terminasse ruim. Mas é bom, muito bom, absurdamente bom, e está terminando aos poucos. Sinto que está, e acho que não há mais nada que possa ser feito. Parece que não há mais questão de ver, de sentir, de ouvir, de estar com o outro. É triste. E tão chato. Tá parecendo obrigação. E quando o amor vira obrigação, é porque já passou da hora de deixá-lo ir embora. Porque amor a gente tem que libertar. Pra ficar ou pra ir embora, não importa, mas tem que libertar. Amor preso machuca. Machuca pra ficar e custa pra sair. Dói. E sinto que posso estar muito perto de ter que libertar o meu amor. Eu não queria. Mas, às vezes, parece que faço sem perceber. Eu não sei, enfim. Gostaria que soubesse. Gostaria que ele soubesse, que alguém me dissesse o que fazer. Mas não há ninguém. Só há ele, eu e um amor se debatendo para ser libertado. Foi fácil abrir as portas para o amor entrar. Mas tenho certeza de que será extremamente difícil abrir as portas para ele sair. Deve ser feito. Não sei quando, nem como, mas deve. Eu sei, eu estou errada, mas Caio F. me avisou: "Deixe que ele respire, como uma coisa viva. E tenha muito cuidado: ele pode quebrar." Eu sabia. Eu sei.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Eu preciso aprender a ser só

É incrível como eu não consigo sentir nada. Não sinto. Sei lá. Às vezes sinto por não sentir, ou por medo de não sentir o suficiente. Mas normalmente, não sinto. E nem chorar eu posso, porque senão fico sem respirar. E nem rir eu posso, porque senão minha barriga dói. Eu fui toda feita pra não sentir muito, embora eu sinta. Sim, eu sinto. É que eu consigo sentir o tudo e sentir o nada. E quando eu sinto o nada, é que eu sinto tudo. Sabe? Não. Sei que não sabe. Mas é assim... quando o nada me invade,  todos os sentimentos aparecem. E quando o tudo aparece, nada me invade. É tão estranho e tão engraçado. Mas é por isso que eu fico muda. E é por isso que eu falo tanto. Eu queria poder explicar tudo isso que eu sinto pra você. Eu posso, aliás. Só não sei como. Acho que você não vai entender. Talvez se eu tentasse, você entendesse. Queria que você entendesse sem eu precisar tentar. Acho que é o que eu mais quero no mundo. Eu não quero ter que explicar, mas quero muito que você entenda. Seria tão bom se entendesse. Por que você não entende? Sério, faz um esforço. Não vou achar ruim. Pode demorar. Pode errar no começo. Mas entenda, por favor. Entenda só o príncipio, ao menos, que eu te explico o fim. Ou o meio. Sei lá. Entenda qualquer parte, qualquer metade, mas entenda, por favor. Porque nem eu me entendo mais. Talvez você tenha sido feito para me entender. Será? Que pena. Eu não queria uma missão tão difícil. Eu não queria ser maluca, sabe. Juro que não queria. Pelo menos não esse tipo de maluca. O mundo anda tão complicado, que eu queria fazer tudo por você. Mas antes você precisa entender. Você não percebe isso? Entender é a razão de tudo. E eu não quero te ajudar nisso. Se você não entender, vou procurar outro que entenda. Essa é a grande questão. Entendeu? É isso. Eu sempre quero te falar coisas. O fato de eu não falar, não significa que não queira. Ou que não tenha nada a dizer. O fato de eu não falar é porque sempre penso tanto, tanto que queria dizer, que acabo não sabendo como dizer. Não sai. Mas tá ali. Se você pudesse ouvir, estaria ali, você ouviria. É tão simples. Basta ouvir. Você precisa me ouvir melhor. Ou então, eu preciso aprender a ser só. Sei lá.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Como você é para mim

Eu não queria perder nenhum segundo seu. Mesmo se você estiver dormindo, como agora. Mesmo se você estiver acordado, mas com tanto sono, que não lembre nada no dia seguinte. Mas perco tantas vezes... por motivos que nem sei dizer. E me arrependo me vingando de mim mesma, cruelmente, talvez, pelas vezes que atrapalho tudo isso que você tem para me oferecer. Porque você foi feito de uma maneira tão espantosamente especial que, apesar das formas  pouco delicadas do seu corpo, você irradia delicadeza e paz para todos os lados, muita paz, principalmente quando sorri. Mas também quando pensa, faz careta, fica bravo e até mesmo quando chora. Faz parecer que você é a pessoa mais feliz da face da Terra (o que é bem capaz de ser verdade, apesar de tudo), deixando também felizes todos ao seu redor. E eu - com seus olhos de girassol que insistem em me olhar o tempo inteiro, como se fossem feitos de dois grandes ímãs verdes e brilhantes - tenho uma parte incrivelmente linda dessa sua felicidade. Dói quando eu faço com que esses pequenos girassóis se fechem e brilhem por causa das lágrimas. Especialmente, gosto dos seus olhos porque eles me dão a certeza que preciso ter: que te conheço, te quero e te preciso. E que não há nenhum outro no mundo capaz de me fazer me sentir tão eu mesma. Porque eu perco o rumo quando você está longe. A tal ponto, que até esqueço que perdi o rumo justamente por não estar contigo. E inutilmente tento te afastar, na ilusão de que isso solucione alguma coisa. Nunca aprendi realmente a lidar com ilusões, deve ser por isso.
Detesto ter que escrever coisas tão bobas e mal escritas assim para você... queria que lesse o melhor que eu tenho. Incrível como nunca consigo mostrar o meu melhor para você. Quero voltar atrás e rescrever o que eu disse sobre a sua pouca delicadeza. É mentira. Sua boca, suas costas, seus pés e mais uma parte"zinha" em especial estão aí para provar o contrário. Quero voltar atrás em tantas coisas... queria não ter dormido tão cedo aquele dia, queria ter tomado um banho mais rápido hoje, queria ter deixado você me tocar aquela vez, queria ter te levado para comer hamburguer antes, queria não ter ficado brava contigo no Opinião, naquele sábado de manhã, naquela noite úmida, naqueles dias online, porém distantes. Queria ter feito tanta coisa diferente para poder ser melhor para você. Mas não precisou. Porque você continuou me amando, apesar disso tudo, apesar de um monte de coisas esquisitas que eu digo e que eu faço. Você continuou me amando, e cada dia mais, como se eu merecesse todo aquele amor puro e diabolicamente divino. Eu tenho todo esse amor que você me dá, sem merecer um mínimo sequer. Gostaria muito de saber como é ter tanto amor por merecimento. Não sei fazer isso. Mas quero aprender. Vou me esforçar para não perder nenhum segundo seu.


P.S.: Acho que nunca chorei de alegria... você me ensinou a fazer isso.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Whatever

Já passou da hora de eu começar a escrever coisas interessantes aqui. Sinto saudades imensas do tempo em que escrevia fácil, sem pressão, sem nenhum contexto em especial. Confesso que acho que estou ficando limitada. Limitada nessa coisa de escrever. Vejo tanta gente que começou escrevendo uma coisinha ou outra, assim como eu fazia, e foi se aprimorando com o tempo, assim como eu também fui. Mas essas pessoas seguiram. Eu, ao contrário, pareço estagnada. E pior. Às vezes parece que retrocedi.
Analisando bem, parece que não foi só minha capacidade de escrever que parou no tempo; parece que perdi completamente a minha habilidade de me expressar como um todo. Em qualquer  aspecto. Sempre tive dificuldade de organizar as coisas em minha cabeça, mas, uma vez organizadas, elas saiam pelos meus dedos sem esforço algum. Pelo jeito, nem a entrada numa faculdade que explica um monte dessas coisas que eu costumo falar ajudou.
Acho que realmente cheguei ao meu ápice. E fico triste em concluir: que puta ápice medíocre! Se eu soubesse antes que chegaria até aqui, teria demorado um pouco mais. Já que o ócio e a procrastinação sempre estiveram entre as minhas grandes paixões. E por falar em paixões, nem aquelas histórias curtas e sem fim eu consigo escrever mais. Muito menos um final decente pra essa porra de texto.

domingo, 9 de maio de 2010

Cause I need more time

Eu só queria alguém que me abraçasse forte e me ouvisse dizer "eu quero morrer".
Porque eu quero. Não por ele, nem por ninguém... por mim. Porque eu não me aguento mais. Eu sou grande demais pra mim mesma. Eu tenho sentimentos demais, eu amo demais, eu odeio demais... não cabe. Me disseram uma vez que eu era fechada e poderia explodir um dia. Mas é. Eu quero explodir.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Pelo Corinthians, com muito amor, até o fim!

"Sou e sempre fui, não é segredo e tampouco novidade, fiel a você. Sempre. Nos momentos de distância, nem mesmo neles fraquejei. Nos de decepção contínua, nos de falta de quaisquer perspectivas para nós, neles também me mantive assim, tão fiel, sempre pensando no que lhe era melhor. Tamanha a obsessão por sua felicidade, disseram até que eu não gostava de você. Tolos. Eu sempre fui um apaixonado incondicional, você sabe disso. Por seu lado, sempre muito honestamente me deixou claro que tem muitos amantes, que não poderia jamais se guiar só por mim. E eu, coroando o provérbio que diz que o amor é cego, assisto a você vivendo com todos. Mesmo sabendo que alguns deles te ameaçam e te machucam feio. Não importa. Por mais que a ignorância seja injustificável, você, grande e auto-suficiente, um dia não dará qualquer motivo pra que isso aconteça de novo. Não tardo em reconhecer, é verdade, que também já fui violento por sua causa. Quebrei vasos, janelas, sim, chutei poltronas, joguei copos e quadros na parede. Quase perdi grandes amigos que ousaram não lhe respeitar. Quase abandonei a família. Por você, chorei de rancor, provei do ódio mais animal. Quase morri, de verdade, do coração. Mas tudo isso é detalhe. Também por você, chorei demais de alegrias, daquelas que você soube segurar por exatos minutos para finalmente me entregar na hora certa, dizendo "Toma aqui, é pra você. Eu também te amo". Quantas coisas você me ensinou, por quantos momentos me fez ser a pessoa mais feliz do mundo. Entendi que sofrer por amor é nobre demais quando se está no caminho certo, mesmo que o caminho seja de bastante poeira. É por isso, Corinthians, que, como um louco, eu te amo mais do que nunca e jamais vou te abandonar."


Eu posso tentar, como várias vezes já fiz, mas é impossível dimensionar em palavras o tamanho do meu amor por ti, Corinthians! Não importa o que aconteça, eu sou Fiel. Não importa quantos te humilhem, quantos difamem teu nome, quantos te desprezem e duvidem da tua força. Sou Fiel e lutarei ao teu lado. Desde sempre. Desde que ouvi teu nome pela primeira vez quando era criança.  Eu não escolhi ser Corinthians. Eu nasci Corinthians. Eu me descobri Corinthians. E não se muda o que se é de maneira tão intrínseca. E é para sempre, Timão, que seguirei ao teu lado, e nada nem ninguém vai mudar isso. Nada vai calar o grito em meu peito, nada vai me impedir de vibrar e chorar por ti, nada vai me privar de gritar com orgulho: eu sou corinthiano, maloqueiro e sofredor, GRAÇAS A DEUS! Porque as alegrias que me trazes vão além de qualquer sensação normal humana. As alegrias que me trazes transcendem a matéria, transcendem o real... as alegrias que me trazes compensam qualquer momento de dor que, inevitavelmente, eu venha a passar por ti, Timão. E não importa, mesmo, o que aconteça, o que/quem esteja contra ti. Eu e mais 30 milhões de loucos apaixonados nunca iremos te abandonar, porque nós te amamos!

sábado, 1 de maio de 2010

Baseado em fatos não-reais

O problema é que ela não estava nem um pouco preocupada com o que os outros iam pensar. Ela o queria, independentemente até mesmo da vontade dele. Mas passou anos remoendo tudo isso. Prisioneira de seus próprios sentimentos, ela havia escolhido uma forma fácil de viver, só pra não ter que lidar com tudo aquilo. Não tinha amores, só obrigações. Fazia porque tinha que fazer. Fazia por fazer, aliás. E a realidade, como sempre, era discreta, mas inevitável. E aquelas coisas que dormiram por quatros anos inteiros em seu peito haviam acordado, agora mais fortes do que nunca, e só o que ela queria era voltar para aquele mundo onde tudo era muito difícil, mas havia amor. Um amor sofrido, doído, lentamente mortal... assim mesmo, como no fim das contas ela descobriu que gostava. Enfim, ela havia chegado a uma conclusão que dependeu de anos de mesmice: gostava mesmo era do estrago. Errar era intrínseco. E tinha que errar agora. Só errando, só indo contra todas as regras éticas e morais, só desatando todos os nós do passado ela conseguiria aquilo que sempre quis: ele. Demorou para perceber as consequências de uma separação prematura, há cinco anos atrás. Percebeu que pagava por isso todos os dias. Em todos os lugares. Em todas as pessoas que conhecia e que deixava que fossem embora, porque, no fim, só ele lhe bastava. Só ele lhe dava todo aquele carinho exagerado, que ela odiava. Só ele a tratava com todo o cuidado do mundo, fazendo-a se sentir única e frágil, fazendo com que toda aquela força que ela achava que tinha fosse reduzida a uma raiva idiota. Como alguém podia tratá-la assim? Ela, que era tão forte, tão dona de si? Acontece que ela não era dona de si. Ela não era forte. E ele sabia disso. Era o único que sabia disso. O único que enxergava o seu eu mais profundo, a sua fragilidade tão secreta, tão indecifrável. E a tratava como um bem valioso, sempre. E ela odiava ser tratada assim até descobrir que precisava ser tratada assim. Tarde demais. Cinco anos depois, se mantendo forte todos os dias para esconder a sua fragilidade, ela o havia perdido pra sempre. Ele se fora com outra. Estaria cuidando das fragilidades de outra. Fragilidades que a outra, muito provavelmente, não tinha vergonha de mostrar.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Maybe I don't really wanna know

- Como a gente chegou até aqui?

- Ah... eu me pergunto isso todos os dias...

- Eu te amei tanto, sabe?!

- Eu te amo tanto.

- Eu também. Eu também acho que te amo. Mas não assim.

- Assim como?

- Assim, desse jeito teu.

- Desse jeito meu? O que eu tenho de errado?

- Não... não tô falando do teu jeito de ser. Tô falando do teu jeito de amar.

- O que tem de errado no meu jeito de amar?

- Não há nada de errado nele.

- E então...?

- Só é diferente do meu. Só isso. Aliás, mais que isso: eu não te amo do jeito que você me ama.

- Eu sei disso.

- Acho que nos separamos a partir do momento em que o nosso amor mudou de foco...

- O meu amor não mudou de foco. O seu mudou. Eu fui obrigado a mudar porque você mudou.

- É, o meu.

- Pois é.

- Será que teríamos dado certo?

- A gente deu certo por anos.

- Eu sei. Mas será que teríamos dado certo depois?

- Não tenho a mínima ideia.

- É... ideia eu tenho. Mas não tenho certeza.

- Claro.

- Por que o seu amor mudou de foco?

- Não sei. Não sei nem se mudou mesmo. Não sei nem se a palavra certa pra isso é foco.

- Então por que você disse isso? Depois de tanto tempo, você ainda consegue me confundir.

- Foi uma hipótese. Adoro hipóteses.

- Eu sei...

- Não, você não sabe. Você não me conhece.

- Talvez não mesmo.

- É, eu sei.

- Não, você não sabe. Você não me conhece, também.

- É. Talvez não conheça mesmo.

- Sabe de uma coisa? Ainda penso em ti.

- Eu também penso. Diferente, mas penso.

- O que tem de diferente?

- Agora penso porque quero. Não com você me sufocando 24 horas por dia.

- Então você ainda me ama? Você ainda pensa?

- Não. Não desse teu jeito, já disse.

- Então de que jeito?

- Não sei. Está fora da minha concepção imaginar outra forma de amar alguém. Então sigo amando e pensando assim, meio torto.

- Você sempre me amou meio torto.

- É. Talvez agora esteja amando certo. Talvez seja você que nunca me amou certo.

- Talvez agora nos amássemos certo.

- Talvez nunca tivéssemos nos amado certo, e talvez agora não nos amássemos mais.

- É. Talvez...

- Talvez.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Undisclosed desires

Eu quero alguém aqui agora pra me fazer um carinho qualquer. Pode ser só um beijinho na bochecha... já me serve. Eu queria alguém que ficasse quietinho só sentindo eu melhorar com o calor do corpo dele. Alguém que ia me amar independente de qualquer coisa e que cuidaria de mim até eu resolver sorrir de novo. Essa pessoa já existe, eu sei. E eu não precisaria pedir por ela. Mas não a tenho. Por isso peço, desesperadamente, por qualquer um que faça qualquer carinho tolo. Não sou exigente. Não agora, não com isso. Mas sou imediatista. Quero as coisas agora, quero fazer agora e ver o resultado agora! Quero amar agora, beijar agora, morder agora, brigar agora! Eu sempre soube que esse meu defeito ridículo de não conseguir esperar ainda ia estragar tudo. Já estragou tanta coisa boa e boba, e agora acaba de estragar a melhor das coisas bobas que já tive em toda a minha vida medíocre. Eu declaro, entre lágrimas quentes e descontroladas, que tu és, e sempre será, a pessoa mais linda do meu mundo. A pessoa que mais amei, que mais me fez feliz, que consegue tirar o melhor de mim todos os dias. Eu te amo tanto que sinto que a palavra amor é pequena e mesquinha demais pra descrever o monte de coisa maluca que sinto por ti. Eu te amo tanto que não consigo guardar tudo em mim. Preciso de um coração maior, um cérebro maior, uma alma maior. Eu te amo tanto que o meu maior sofrimento é te ver tendo que concordar com as minhas burrices porque eu não te dei nenhuma outra saída. Porque eu sou covarde. Eu queria inventar uma língua nova só com palavras que fossem capazes de explicar tudo o que eu sinto por ti. Eu queria que você morasse aqui do lado ou que tivesse um jatinho, porque assim que eu te mostrasse isso, ao invés de sofrer e querer me matar, você ia vir direto até mim e me esmagar até eu sufocar de tanto beijo na bochecha e mordida na orelha. A tua presença é tão marcante, às vezes, que consigo sentí-la no meu próprio corpo. Exceto pelo fato de que na maioria das vezes, evito pensar em quão boa é a tua presença, porque pensar dói. Eu queria escrever tanta coisa pra ti... eu queria que tu entendesse tudo o que eu sinto, apesar de achar que você já entende o máximo que alguém que não seja eu é capaz de entender. Eu queria a situação real pra poder te provar melhor... mas eu não tenho dúvida nenhuma, amor. É você quem eu amo. Se ele me viesse agora e me oferecesse abraço, colo, beijo, eu bem provavelmente aceitaria de tão vulnerável que eu estou nesse momento. Mas nunca, em momento algum, eu o aceitaria de volta. Não dá pra viver de outro jeito depois que conheci o que é viver com você e com todas as coisas boas que você traz junto. Nunca, meu amor, ele ou qualquer outro conseguirão ser como você é. E eu quero você aqui agora. Dói meu peito e minha cabeça só de pensar no quanto quero você aqui agora. Eu sei que isso tudo que escrevi não faz o mínimo sentido... são só coisas que foram saindo sozinhas. Eu não sei de muita coisa, nunca soube. Sou infinitamente limitada. Mas eu te amo do jeito mais puro que sou capaz, dentro dos meus limites, dentro das minhas fraquezas. Eu te amo porque contigo  eu sou eu, e comigo você é você. Nós somos nós na essência quando estamos juntos. E nossa essência é linda. Não canso de imaginar essa essência naqueles que podem vir a ser o Lennon e a Julia. Eu quero ser eu pra sempre.

sábado, 27 de março de 2010

Vou ficar 100% eu mesmo

Eu sou, das pessoas insensíveis, a mais insensível. Inevitalmente, se você convive comigo, isso chegará até você. Mais cedo ou mais tarde. Todas, exatamente todas as pessoas que tiveram uma forte relação comigo já me disseram, ou no mínimo pensaram com seus botões: "Nossa, como alguém pode ser tão fria, cruel, insensível, dura?" Pois é. Se eu fosse realmente tudo isso, ouvir tudo isso nunca me afetaria. Eu posso ser tudo, menos incapaz de sentir. Eu sinto demais. Mais do que todos vocês, com certeza. Eu sinto demais e é por isso que eu ajo assim. Não cabe em mim. Vocês sabem o que é sentir tanto ao ponto de não caber mais? Não sabem. Eu sei. Portanto, recolham-se aos seus mundinhos medíocres e me deixem em paz. Eu amo demais pra poder conviver com pessoas que sabem identificar, separar e classificar sentimentos. Até qualquer dia.

sexta-feira, 26 de março de 2010

domingo, 7 de março de 2010

When you were young

"Você sentou bem em cima da sua mágoa
Esperando alguns meninos bonitos
Para te salvar do seu jeito antigo
Você brinca perdoando
Preste atenção agora - aqui ele vem

I know we can make it if we take it slow...

Ele não parece nem um pouco com Jesus
Mas ele fala como um cavalheiro
Do jeito que você imaginou quando era jovem"


Essa música me lembra algumas coisas. Ou não. Sei lá... só sei que eu gostaria até de filosofar sobre ela, mas minha mente anda tão fraquinha ultimamente... prefiro esperar a hora certa. Ela sempre vem. Ou não. Sei lá.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Condicionalmente

- Você não tinha o direito de ter dito isso...
- Direito? Por acaso isso agora é uma democracia? Desde quando temos direitos aqui? E fazer o que você fez, era um direito também?
- Isso não vem ao caso, veja bem...
- Ah, "isso não vem ao caso". Certo. Sabe o que vem ao caso? A porta da rua.
- Meu amor! Não precisamos chegar a este ponto!
- E o que você queria que eu fizesse? Deixasse você ficar aqui, assim, depois de tudo que aconteceu?
- Você me pressiona. Você me sufoca. Como quer resolver as coisas desse jeito?
- Eu não quero resolver nada.
- Ah, não?!
- Não.
- Então quer dizer que eu posso pegar minhas coisas e ir embora?
- Sim.
- Certeza?
- Ah, vá a merda! Já disse que sim.
- Acontece que eu te conheço.
- E daí?
- E daí que eu sei que você virá atrás de mim logo pela manhã.
- Você não me conhece.
- Não? Não vai fazer isso?
- Nunca.
- Então tá.
 (...)

- Não leve meus livros! E muito menos o meu cd do Bob Dylan.
- Não estou levando nenhum livro. Já li todos. E o cd do Bob Dylan é meu.
- Você me deu de presente!
- Era para nós dois!
- Presente do dia dos namorados, pra nós dois?
- Presente do dia dos namorados, para ficar na nossa casa, na nossa estante.
- Então é meu também!
- Foi comprado com o meu dinheiro, é meu. Vou levá-lo.
- Você me dá nojo.
- Você é que me dá nojo. Deveria tomar banho mais vezes ao dia.
- Ontem  a noite você não reclamou. Muito pelo contrário.
- É o costume...
- É costume você beijar meu corpo inteiro por vinte minutos, mesmo não estando limpo o suficiente?
- É que eu gosto das formas dele.
- Gosta das formas mas não gosta do cheiro?
- Eu gosto do cheiro. Adoro o cheiro. Não vivo sem esse cheiro.
- Então por que disse que tinha nojo de mim?
- Porque eu queria te ver com raiva.
- Você se sente bem me deixando com raiva?
- Não.
- Então por que quis me deixar com raiva?
- Porque você havia me deixado com raiva primeiro.
- Então foi só mais uma das suas vingancinhas estúpidas?
- Talvez.
- Você ainda quer ir embora?
- Não.
- Eu também não quero que você vá.
- Por quê?
- Porque eu quero ficar com o meu cd do Bob Dylan.
- O cd é meu.
- Tá. Mas não vá, por favor.
- Tá vendo... eu disse que te conhecia.
- Conhece nada.  Ainda não é de manhã.
- Mas você quer que eu fique.
- Sim.
- Por quê? Me perdoa, então?
- Não. É que eu também gosto do cheiro do teu corpo.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Uma historinha antiga

As promessas foram muitas. E, quando menos esperavam, Abril já surgia por entre as nuvens. Ela havia se preparado desde o dia anterior. Estava ansiosa como nunca. Ele já estava a caminho, devaneando sobre árvores, ventos e beijos. Era domingo, pela manhã, como tinha que ser. A música boa pulsava em suas veias. Ela abriu a porta, desceu as escadas, foi até a rua para esperá-lo. Nada. Sentou na calçada e respirou a brisa de outono que começava a dançar pela cidade. Nada.

O sol estava quente àquela altura, e suas bochechas, antes vermelhas de ansiedade, ardiam entre medo e calor. Lá pelas tantas, o sol resolveu dar trégua e seguir seu caminho. Desceu pelas folhas das árvores e foi desaparecendo aos poucos no horizonte vermelho. O céu se iluminou, lindo como sempre, e ela tremeu quando lembrou que gostaria de estar ali com ele, brigando sobre qual pôr-do-sol era o mais bonito (o mais vermelho ou o mais roseado?). "Pelo menos ainda é domingo", pensou ela. A luz deu lugar às sombras, e logo as estrelas começaram a aparecer. A lua não estava bonita. Era a lua de empre. Exceto que, talvez, parecia uma boquinha brilhante, sorrindo para ela, tranquilizando-a. Talvez.

O calor que havia mais cedo ainda a mantia quente. As pessoas foram chegando em casa. Os carros foram estacionando. Os barulhos foram diminuindo. Só havia agora uma lua sorridente, estrelas piscantes e uma menina triste. Uma dúvida a fez se revirar na calçada. Mudou de posição e esticou as pernas, pensante. Entraria em casa e teria a certeza de que ficaria, enfim, sozinha? Ou ficaria ali, esperando, se alimentando de uma esperança tênue? "Ele prometeu", disse ela, acalentando a si mesma. "Ele prometeu".

the lights are shining bright!

Ela esperou a noite inteira. A madrugada inteira. A manhã do dia seguinte inteira. E reviveu tudo de novo. A brisa de outono, o sol forte, o medo, o sol descendo por entre as árvores, o escuro, a lua, as dúvidas, a solidão. E, quando a esperança parecia querer se esvair para sempre, ela viu. Enxergou, de relance, um rapaz alto e bonito que andava sem rumo, lá do outro lado da rua."É ele", pensou ela. Levantou rápido. Não conseguia mais sorrir. Só um sentimento tomava conta dela, e este sentimento, com certeza, não era a felicidade. Tampouco o medo. Ela havia se enchido de fé. E foi até ele, serena, segura.

Ele parecia murmurar algumas palavrinhas doces, mas sem sentido algum. Não percebeu que a menina com que sonhou durante tanto tempo estava quase o abraçando agora. Ela se aproximou, com uma suavidade que, sabiam os dois, não era dela. Não era suave. Mas estava. Estava como se sempre soubesse como ser suave. E o abraçou por trás, recostando sua cabeça no ombro dele. Sem se mexer, sem ao menos vê-la, ele soube que era ela. Fechou os olhos e sentiu. Não havia necessidade de olhar, de falar, de pensar. Só era preciso sentir. E eles se sentiram. Não fisicamente, mas espiritualmente. Sentiram suas almas se tocarem, sorrirem e se abraçarem. Seus corpos eram meros espectadores do espetáculo maravilhoso que acontecia dentro deles, fora deles, em todo o lugar. O mundo não existia mais. Naquele dia, naquela cidade, só havia uma pessoa: uma metade cheia de fé, outra metade cheia de luz.

Cansei

Eu sou maluca. Sou inquieta. Sou chata. Sou crítica. Sou complicada. Sou implicante. Sou desapegada. Sou insone. Sou auto-destrutiva. Sou possessiva. Sou ciumenta.
Eu odeio todo mundo. Eu não ligo para os sentimentos de ninguém. Egoísmo é meu sobrenome.
Eu sempre fui assim, acho. E não importa quantas vezes tentei mudar, todas elas foram em vão. Não quero mudar mais. Se eu mudar, será pelos outros, e não por mim. Porque eu tô bem assim. Mas já que não estou bem para os outros, tudo bem, me afasto. Não é difícil. Eu simplesmente cansei de querer agradar, cansei de criar expectativas, cansei de esperar por coisas que nunca acontecerão.
E não culpo ninguém, por favor. A culpa é toda minha. E vou pagar por ela. Enfim...

Nobody is waiting for me on the other side.

Fodam-se.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Precisa-se de novos amigos

Eu cansei de certas coisinhas, sabe? Não dela, obviamente, nunca me importei com ela. Depois do episódio do último encontro, então, menos ainda... mas sabe o quê? O chato é que os meus amigos são os amigos dela. Com uma pequena diferença: eles são os meus únicos amigos e só uns dos amigos dela. O que dá aquela sensação meio óbvia de que eu tenho muito mais a perder. Ou não.
Mas assim... há tempos venho pensando sobre meus amigos. E hoje chego a drástica conclusão de que, felizmente ou não, só me restam dois deles. Dois que amo demais e tenho certeza que me amam igual. O chato, mais uma vez, é saber que há outros amigos na vida deles que provavelmente são mais importantes que eu. Não sei, talvez a reciprocidade do sentimento já me baste. E então, quando preciso de um amigo, é atrás deles que vou. Mas e quando eles precisarem de um amigo, é atrás de mim que virão? Pensar sobre isso é chato pra caralho. Desânimo total.
E eu sempre quis ter uma melhor amiga. Daquelas bem próximas mesmo, de fazer tudo junto, e saber tudo da vida, falar besteiras de mulher... o mais próximo de uma melhor amiga de verdade que encontrei, não era mulher. Ah, "mais próximo" é indelicadeza minha, porque um foi e o outro é, sim, um amigo de verdade! Acontece que, inevitavelmente, esses amigos se tornaram meus namorados. Ou vice-versa. O primeiro eu perdi, com certeza... eu tento puxar assunto, tento ajudar, mas não flui. Entendo que deve ser difícil pra ele, e não sei por quanto tempo continuará sendo assim. Então, já foi. Perdi.
O segundo (e último, se Deus quiser), é sem palavras de tão incrível! Eu posso conversar sobre tudo e todos, há qualquer momento, em qualquer lugar... perfeito. Só que ele é muito mais que um amigo. Ele é o cara com quem eu quero passar todos os dias da minha vida. Tenho um orgulho enorme de dizer "O meu melhor amigo é o meu namorado!".
É... pensando bem, talvez eu esteja exagerando. Quem é que tem a oportunidade de ter o namorado como um companheiro pra vida, acima de tudo? É tão raro. Eu realmente deveria ficar feliz com isso... ter ele e ter os meus melhores amigos. Putz. É incrível como é só começar a pensar nele que toda a minha perspectiva de vida muda. É isso. Tenho um grande melhor amigo. Tenho dois melhores amigos. Tenho mais uma penca de bons amigos. É suficiente. Além do mais, a vida tá só começando... muita gente nova ainda está pra chegar! ;)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Precisa-se de um título

Eu poderia facilmente dizer que nenhum nunca mexeu comigo como você mexe. Todos os dias. E isso, de certa forma, não me agrada muito. Eu lhe disse, num dia qualquer, que eu tinha muito medo de que isso tudo não passasse de paixonite. E reafirmo agora: ainda tenho muito medo. Você me provoca os melhores sentimentos, sempre. Mas de alguma maneira, que não sei explicar, alguns sentimentos se subvertem e me atacam de tal modo que a única defesa que me resta é tentar te afastar.

Enfim encontro alguém que bata de frente comigo no quesito teimosia. E confesso que, na maioria das vezes, eu acho graça de tudo isso. Enfim encontro alguém que saiba lidar com as minhas chatices de forma madura. Enfim encontro alguém que me deixa tão livre, mas tão livre, que me dá todo o prazer do mundo em ficar presa. Pra sempre. Durante o tempo que for preciso.

Das duas, uma: ou teremos a maior história de amor que esse planeta jamais viu, ou teremos o romance mais dramático e desastroso de todos os tempos.  Por incrível que pareça, é a minha razão que diz que daremos certo. Ela diz que somos perfeitos um pro outro. Que a nossa liberdade é única, que a nossa sintonia é inigualável e que a nossa química é de causar inveja. Minha razão me diz que tudo isso é o mais puro amor. E que todas essas dificuldades são só frescuras da minha mente insone, depressiva e potencialmente auto-destrutiva. Mas meu lado emotivo - provavelmente o lado pessimista - diz que isso tudo vai acabar mal. Que essas coisinhas miúdas vão nos machucar tanto ao ponto de não nos suportamos mais. Então, nos separaríamos. E nos odiaríamos. Pra sempre. Durante o tempo que for preciso.

E sinceramente, eu não sei. Não tenho a mínima ideia de que lado seguir. Os dois ficam brigando como crianças mimadas dentro da minha cabeça. Me afetam, afetam você. E tudo parece caminhar pr'aquela situação em que terminamos nos odiando. Não sei, enfim. A única coisa que sei, com certeza, é que a minha vontade de te ter por perto não sossega em nenhum segundo. Nem nos piores momentos, inclusive. É. Talvez sejamos apenas um casal que vive "feliz" por um tempo e termina amigavelmente, se cumprimentando com um aperto de mão, meses depois. Talvez. Em todo caso, nosso relacionamento vive nos surpreendendo mesmo. Que assim seja.