domingo, 9 de maio de 2010

Cause I need more time

Eu só queria alguém que me abraçasse forte e me ouvisse dizer "eu quero morrer".
Porque eu quero. Não por ele, nem por ninguém... por mim. Porque eu não me aguento mais. Eu sou grande demais pra mim mesma. Eu tenho sentimentos demais, eu amo demais, eu odeio demais... não cabe. Me disseram uma vez que eu era fechada e poderia explodir um dia. Mas é. Eu quero explodir.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Pelo Corinthians, com muito amor, até o fim!

"Sou e sempre fui, não é segredo e tampouco novidade, fiel a você. Sempre. Nos momentos de distância, nem mesmo neles fraquejei. Nos de decepção contínua, nos de falta de quaisquer perspectivas para nós, neles também me mantive assim, tão fiel, sempre pensando no que lhe era melhor. Tamanha a obsessão por sua felicidade, disseram até que eu não gostava de você. Tolos. Eu sempre fui um apaixonado incondicional, você sabe disso. Por seu lado, sempre muito honestamente me deixou claro que tem muitos amantes, que não poderia jamais se guiar só por mim. E eu, coroando o provérbio que diz que o amor é cego, assisto a você vivendo com todos. Mesmo sabendo que alguns deles te ameaçam e te machucam feio. Não importa. Por mais que a ignorância seja injustificável, você, grande e auto-suficiente, um dia não dará qualquer motivo pra que isso aconteça de novo. Não tardo em reconhecer, é verdade, que também já fui violento por sua causa. Quebrei vasos, janelas, sim, chutei poltronas, joguei copos e quadros na parede. Quase perdi grandes amigos que ousaram não lhe respeitar. Quase abandonei a família. Por você, chorei de rancor, provei do ódio mais animal. Quase morri, de verdade, do coração. Mas tudo isso é detalhe. Também por você, chorei demais de alegrias, daquelas que você soube segurar por exatos minutos para finalmente me entregar na hora certa, dizendo "Toma aqui, é pra você. Eu também te amo". Quantas coisas você me ensinou, por quantos momentos me fez ser a pessoa mais feliz do mundo. Entendi que sofrer por amor é nobre demais quando se está no caminho certo, mesmo que o caminho seja de bastante poeira. É por isso, Corinthians, que, como um louco, eu te amo mais do que nunca e jamais vou te abandonar."


Eu posso tentar, como várias vezes já fiz, mas é impossível dimensionar em palavras o tamanho do meu amor por ti, Corinthians! Não importa o que aconteça, eu sou Fiel. Não importa quantos te humilhem, quantos difamem teu nome, quantos te desprezem e duvidem da tua força. Sou Fiel e lutarei ao teu lado. Desde sempre. Desde que ouvi teu nome pela primeira vez quando era criança.  Eu não escolhi ser Corinthians. Eu nasci Corinthians. Eu me descobri Corinthians. E não se muda o que se é de maneira tão intrínseca. E é para sempre, Timão, que seguirei ao teu lado, e nada nem ninguém vai mudar isso. Nada vai calar o grito em meu peito, nada vai me impedir de vibrar e chorar por ti, nada vai me privar de gritar com orgulho: eu sou corinthiano, maloqueiro e sofredor, GRAÇAS A DEUS! Porque as alegrias que me trazes vão além de qualquer sensação normal humana. As alegrias que me trazes transcendem a matéria, transcendem o real... as alegrias que me trazes compensam qualquer momento de dor que, inevitavelmente, eu venha a passar por ti, Timão. E não importa, mesmo, o que aconteça, o que/quem esteja contra ti. Eu e mais 30 milhões de loucos apaixonados nunca iremos te abandonar, porque nós te amamos!

sábado, 1 de maio de 2010

Baseado em fatos não-reais

O problema é que ela não estava nem um pouco preocupada com o que os outros iam pensar. Ela o queria, independentemente até mesmo da vontade dele. Mas passou anos remoendo tudo isso. Prisioneira de seus próprios sentimentos, ela havia escolhido uma forma fácil de viver, só pra não ter que lidar com tudo aquilo. Não tinha amores, só obrigações. Fazia porque tinha que fazer. Fazia por fazer, aliás. E a realidade, como sempre, era discreta, mas inevitável. E aquelas coisas que dormiram por quatros anos inteiros em seu peito haviam acordado, agora mais fortes do que nunca, e só o que ela queria era voltar para aquele mundo onde tudo era muito difícil, mas havia amor. Um amor sofrido, doído, lentamente mortal... assim mesmo, como no fim das contas ela descobriu que gostava. Enfim, ela havia chegado a uma conclusão que dependeu de anos de mesmice: gostava mesmo era do estrago. Errar era intrínseco. E tinha que errar agora. Só errando, só indo contra todas as regras éticas e morais, só desatando todos os nós do passado ela conseguiria aquilo que sempre quis: ele. Demorou para perceber as consequências de uma separação prematura, há cinco anos atrás. Percebeu que pagava por isso todos os dias. Em todos os lugares. Em todas as pessoas que conhecia e que deixava que fossem embora, porque, no fim, só ele lhe bastava. Só ele lhe dava todo aquele carinho exagerado, que ela odiava. Só ele a tratava com todo o cuidado do mundo, fazendo-a se sentir única e frágil, fazendo com que toda aquela força que ela achava que tinha fosse reduzida a uma raiva idiota. Como alguém podia tratá-la assim? Ela, que era tão forte, tão dona de si? Acontece que ela não era dona de si. Ela não era forte. E ele sabia disso. Era o único que sabia disso. O único que enxergava o seu eu mais profundo, a sua fragilidade tão secreta, tão indecifrável. E a tratava como um bem valioso, sempre. E ela odiava ser tratada assim até descobrir que precisava ser tratada assim. Tarde demais. Cinco anos depois, se mantendo forte todos os dias para esconder a sua fragilidade, ela o havia perdido pra sempre. Ele se fora com outra. Estaria cuidando das fragilidades de outra. Fragilidades que a outra, muito provavelmente, não tinha vergonha de mostrar.