quarta-feira, 4 de março de 2009

Nota 9

Foram séculos de disputas religiosas, étnicas, territoriais e sociais entre os mais diferentes povos. Com o grito de ordem da Revolução Francesa - "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" - a humanidade passou a acreditar que era possível chegar o dia em que suas vontades, seus anseios e suas verdades fossem aceitas pelo mundo. Mais tarde surge, então, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que, apesar de bela, é incostestavelmente utópica.
Será que pode se condiderar livre um indivíduo que não pode (pelo menos, não facilmente) sair de seu país, como em Cuba? E pode ser digna a vida de um sudonês, devastada pela fome e pela AIDS, sem nenhuma expectativa de futuro? Há segurança para um palestino, que não sabe se irá acordar no dia seguinte? Não há liberdade, não há segurança, e muito menos dignidade para nenhum desses três exemplos, como também para a maioria esmagadora das pessoas deste mundo.
A humanide lutou, venceu e conquistou seus direitos. Só não aprendeu a usá-los. Ainda há fome, ainda há preconceito. Crianças abandonadas, adultos desiludidos, idosos conformados. É engraçado como uma espécie pode ser tão auto-destrutiva. Mas é engraçado, também, como essa mesma espécie é capaz de acreditar e de lutar por aquilo que anseia. E por mais que pareça clichê (porque é mesmo), ainda há esperança. O primeiro passo foi dado, a declaração está aí. Basta fazer todos esses séculos de disputa valerem a pena.


Minha redação nota 9 na UESB que me rendeu um razoável 46º lugar. :)

Um comentário:

Anônimo disse...

não foi falta de competência, mas alta concorrência, tente até conseguir!